sábado, 25 de março de 2017

Como fazer e receber críticas - ferramentas essenciais para o gestor.

A crítica é um instrumento indispensável não apenas para a convivência humana harmoniosa, mas para o próprio aprimoramento das pessoas e das organizações.

O curso de Gestão em Vigilância Sanitária oportunizou um interessante debate sobre o tema, do qual retirei algumas das principais conclusões:

1. Um dos elementos mais essenciais ao criticar e ser criticado é ter CUIDADO! O objetivo essencial da crítica é promover modificações que entendemos positivas para o outro e para a organização, sem deixar de respeitar suas próprias percepções. 

2. O cuidado não deve ser confundido com o "receio em direcionar críticas", a ponto de limitar o nosso campo de ação. Todo o conteúdo da crítica será passado, mas de uma forma que não gere ruídos de comunicação, não magoe aspectos individuais das pessoas e favoreça a continuidade dos relacionamentos.

3. A AFETIVIDADE é um aspecto essencial, tanto ao fazer quanto ao receber críticas. Quando falamos em afetividade não significa necessariamente que devemos guardar laços de amizade com o outro, pois nem sempre as críticas serão direcionadas a pessoas próximas a nós. Afetividade significa a capacidade de comunicar os nossos sentimentos durante as discursões. Aliás, a crítica serve para estimular mudanças que tornem os ambientes organizacionais mais aprazíveis para todos. A necessidade de transformações parte também de aspectos emocionais, e por isso eles devem ser comunicados.

4. OBJETIVIDADE, ESPECIFICIDADE e DIREÇÃO são expressões bem próximas, mas de todas podemos extrair a seguinte conclusão: a crítica não pode ser vaga. Deve recair sobre eventos específicos, fatos mensuráveis. Ao invés de chamarmos alguém de bagunceiro ou desorganizado, devemos dizer que "ontem percebemos que você deixou os processos fora do arquivo". 

5. Ao mesmo tempo, a crítica deve estar focada nos aspectos que podem ser transformados para o interesse da coletividade, não cabendo julgamentos sobre qualidades individuais que não afetam a convivência ou a produtividade.

6. É preciso manter a ATENÇÃO para com quem estamos criticando, buscando captar como ele ou ela está recebendo nossas palavras. Mais que isso, é interessante que busquemos um feed back do nosso interlocutor, para CONFIRMAR se o que estamos falando está sendo COMPREENDIDO pelo criticado.

7. Por fim, existe hora certa para criticar. Devemos, portanto, dirigir nossas críticas nos momentos em que as pessoas encontrem-se mais receptivas. Além disso, o desempenho que será julgado ainda deve estar em suas mentes, ou seja, não é recomendável que façamos a crítica muito tempo depois que o fato a ser criticado tenha passado.

São dicas poderosas, que nos ajudarão a fazer críticas respeitosas e eficazes para provocar grandes mudanças.

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