quarta-feira, 28 de junho de 2017

Poema on line encravado no meio do filme Doutor Estranho



"Não saber torna impossível evitar
que a mesma coisa aconteça novamente.
Por outro lado, é libertador.
O mundo pode ser perigoso e coisas ruins
acontecem às vezes, mas não há nada que você
possa fazer, exceto viver sua vida.
E seria uma tolice se, enquanto você a vivesse,
você não a aproveitasse".


A Odisseia de Homero.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Homenagem aos colegas conquistenses...

"Quando cessa a vigilância e os esforços dos bons, os maus predominam".

Pearl S. Buck

"Quando cessa a vigilância sobre as condições sanitárias e os esforços dos fiscais, os maus predominam".

Servidor da VISA de Vitória da Conquista

Narrativa Reflexiva - Agite-se Antes de Beber - Articulação entre Vigilância Sanitária e Educação Popular em Saúde

Tivemos a oportunidade, no nosso 4º encontro do curso de especialização em GVISA, de assistir ao vídeo "Agite-se Antes de Beber", de autoria do Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC). 

O vídeo avalia não apenas os componentes funestos que são parte da matéria prima para sucos industrializados, e o desconhecimento que consumidores (pais e filhos) têm com relação às matérias primas de tais sucos.

E as conclusões encontradas são:
  • 1. Com relação aos ingredientes, verifica-se que a indústria alimentícia se utiliza de uma quantidade absurda de açúcar e conservantes para produzir os seus sucos, enquanto a parcela de fruta é praticamente nula. Se o sabor lembra o de um suco, isso fica mais a cargo dos aromatizantes e outras substâncias enganadoras de nossos paladares.
  • 2. Por sua vez, o desconhecimento dos consumidores é gritante. O vídeo se resume, basicamente, a fazer com que pais e filhos leiam a relação de ingredientes do suco... e o mais impressionante é verificar o quão surpresos todos ficaram com essa leitura... descobre-se que um suco de uva não leva uva dentre seus ingredientes, mas apenas uma pequena fração de maçã e aromatizantes... e nota-se que a quantidade de açúcar costuma ser quatro ou cinco vezes maior que a de frutas, quando o suco chega a ter alguma fruta.


Assistimos ao vídeo em companhia de fiscais sanitários de diferentes partes do estado da Bahia. E pude perceber que todos concordam que novos paradigmas devem nortear a produção e a difusão de conhecimentos na área da Vigilância Sanitária. Costumamos ficar satisfeitos quando nossos técnicos conseguem consolidar informações relativas ao conteúdo lesivo de alimentos. Ocorre que não damos a mesma importância à difusão desse conhecimento para a população como um todo.

Caso a própria população fosse educada nesse sentido, teríamos ao lado da Vigilância Sanitária milhões de fiscais que atuariam de uma forma muito mais efetiva do que a dos órgãos de fiscalização: apenas deixariam de consumir produtos lesivos à saúde. Isso sim é uma penalidade muito mais grave do que multas e interdições eventuais.

Enxergamos como grande desafio para a Gestão da Vigilância Sanitária a necessidade de tornar a população como um todo partícipe do controle de riscos sanitários. Poucas ações existem nesse sentido... eis que o vídeo nos incentivou a pensar mais sobre o assunto, e a levar, cada um para a sua cidade, algumas ideias de difusão de informações sanitárias.

Para quem quer assistir ao vídeo "Agite-se Antes de Beber".

https://www.youtube.com/watch?v=Wcg4AR4GBnM



domingo, 25 de junho de 2017

Imagens para o Documentário Globalização - Encontro com Milton Santos - o mundo global visto do lado de cá

O mundo global visto do lado de cá, documentário do cineasta brasileiro Sílvio Tendler, discute os problemas da globalização sob a perspectiva das periferias (seja o terceiro mundo, seja comunidades carentes). O filme é conduzido por uma entrevista com o geógrafo e intelectual baiano Milton Santos, gravada quatro meses antes de sua morte.

Para tratar de captar a essência do filme de uma forma diferente, resolvemos combinar algumas ideias do filme com fotografias marcantes que captaram momentos de diferentes partes do mundo. 


"É preciso explicar por que o mundo de hoje, que é horrível, é apenas um momento do longo desenvolvimento histórico e que a esperança sempre foi uma das forças dominantes das revoluções e das insurreições. E eu ainda sinto a esperança como minha concepção de futuro".
Jean Paul Sartre
Nota: no prefácio de "Os condenados da terra", de Frantz Fanon, 1963.




"O centro do mundo está em todo o lugar..."




"O mundo é o que se vê de onde se está..."





"O Nível de desenvolvimento dos países podem ser medidos pela quantidade de luzes visíveis durante a noite"...




"A renda dos 500 mais ricos do mundo é superior ao dos 419 milhões mais pobres"...





Três formas de se ver o mundo, segundo Milton Santos:

1. "A globalização como falam..."




2. "A globalização como realmente é... perversidade"




3. "O mundo como ele pode ser... uma outra globalização"




"As condições técnicas existentes no mundo podem garantir a sobrevivência digna de todos os habitantes da terra... ocorre que essas condições estão concentradas nas mãos de uma parcela minúscula de pessoas. A fome, por exemplo, não é decorrente de uma questão de produção, mas de distribuição".




"Consenso de Washington - uma bula que deixou os países pobres ainda mais pobres".



quinta-feira, 22 de junho de 2017

Anvisa divulga alterações de normas em um único arquivo

Com o objetivo de melhorar o acesso às normas da regulamentação sanitária da Anvisa e, assim, dar mais clareza e facilitar, para a sociedade, o entendimento das exigências legais e o que está realmente vigente no momento, a Anvisa passa a disponibilizar, no seu sítio eletrônico, a versão compilada das suas normas. A iniciativa se deve ao fato de que, frequentemente, a regulamentação sanitária sofre alterações, o que pode confundir o público sobre qual a versão está atualizada.
A norma compilada é aquela que traz, em um único texto, o registro das alterações sofridas, que podem ser informações de nova redação, inclusão, revogação, prorrogação de prazo, retificação e republicação, determinadas por outras normas posteriores. O resultado propicia à sociedade mais transparência, clareza, qualidade normativa e segurança jurídica.
O portal da Anvisa traz a legislação atualizada e com dados confiáveis a respeito de resoluções, instruções normativas e guias, entre outros regulamentos da Agência. A norma pode ser encontrada pelo sistema de busca específico de legislação. Para acessar as normas, basta clicar no link “Legislação”, na página inicial, e abrir a busca específica de legislação sanitária. É possível buscar uma norma pelo seu tema, por data, pelo número do ato ou por palavras-chaves na ementa da norma.
A Gerência-Geral de Boas Práticas Regulatórias e Regulamentação da Anvisa, GGREG, em parceria com a Confederação Nacional de Indústrias (CNI), iniciou a compilação das normas da Anvisa no segundo semestre de 2015.  Dos mais de 750 atos normativos compilados por essa cooperação, 80% já foram validados e estão disponíveis na página de Legislação. Além disso, as alterações ocorridas nos anos de 2016 e 2017 já estão no Portal da Anvisa em suas versões compiladas.
As próximas ações irão buscar o aperfeiçoamento das normas e sua organização em bibliotecas de assunto, o que facilitará o acesso das empresas e da sociedade à regulamentação de determinado produto da indústria.
A GGREG prevê, também, o desenvolvimento de métodos voltados à avaliação do estoque regulatório da Anvisa, identificando problemas relacionados aos atos normativos, como sobreposições, incoerências, lacunas e atos obsoletos, entre outros. Isso subsidiará a adoção de medidas para a melhoria da qualidade dos atos normativos e para a simplificação administrativa dos regulamentos.
No vídeo abaixo, a Gerente-Geral Substituta de Regulamentação e Boas Práticas Regulatórias (GGREG), Gabrielle Troncoso, explica como acessar as normas atualizadas da Anvisa.

Fonte: http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/encontre-a-legislacao-sanitaria-atualizada-pela-anvisa/219201?p_p_auth=oPifmsbl&inheritRedirect=false&redirect=http%3A%2F%2Fportal.anvisa.gov.br%2Fnoticias%3Fp_p_auth%3DoPifmsbl%26p_p_id%3D101_INSTANCE_FXrpx9qY7FbU%26p_p_lifecycle%3D0%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_mode%3Dview%26p_p_col_id%3D_118_INSTANCE_dKu0997DQuKh__column-1%26p_p_col_count%3D1

Poesias de Manoel de Barros

As poesias de Manoel de Barros passaram a ilustrar parte das atividades dos nossos grupos de trabalho... e têm sido responsáveis por provocar reflexões mais profundas sobre temas antes verificados de forma superficial.

Vídeo Conferência - Indicadores de Saúde - prática simulada em Vigilância Sanitária

Questoes de Aprendizagem - conceitos de Risco Sanitário e de Vigilância Sanitária; atribuições e limites da competência da VISA

1. Sobre o conceito de Risco Sanitário.

2. Noções de classificação e priorização do Risco

3. Conceito de Vigilância Sanitária

4. Atribuições e Competências da Vigilância Sanitária

5. Competências específicas da área da Agricultura e da Vigilância Sanitária

6. Aproximações entre Vigilância Sanitária e Vigilância em Saúde do Trabalhador

Video-conferência - "Cidade e Saúde"... ou "como o urbano afeta a saúde e a qualidade de vida"

Questões territoriais como indicadores sociais de saúde...
Debate interessantíssimo sobre as zonas de contato entre a cidade em que se vive e a saúde/qualidade de vida.

Café com os colegas - cafeína que sustenta nosso trabalho!

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Situação Problema - prática simulada em Vigilância Sanitária - "O Palacete"



Problemas Identificados
1. Não conformidades sanitárias com base na RDC 50 - Infraestrutura física inadequada
2. Interdição de serviço público
3. Intervenção política
4. Falta de foco na análise de risco sanitário
5. Descontinuidade da assistência prestada
6. Restrições na reforma do prédio
7. Conflito entre gestão e equipe da VISA


Hipóteses relacionadas aos Problemas 

1.
- Desconhecimento das normas sanitárias por parte do regulado
- Falta de organização nos processos de trabalho da unidade
- Omissão na fiscalização
- Recursos financeiros insuficientes
- Ingerência política

2.
- Está em desacordo com as normas sanitárias

3.
- Faltade autonomia no trabalho da VISA
- Precarização do vínculo empregatício dos servidores da VISA
- Receio de uma repercussão negativa da gestão

4. 
- Deficiência da educação permanente das práticas da VISA

5. 
- Falta de planejamento
- Ausência da VISA nas ações de monitoramento, planejamento e antecipação do risco
- rede desestimulada

6. 
- Reforma condicionada ao parecer de outros órgãos

7. 
- Interesses econômicos, políticos...


Questões de Aprendizagem
A. Quais os fundamentos da VISA?
B. O que é gerenciamento de risco?
C. Quais as necessidades na área de competência de educação na VISA?
D. Como desenvolver planejamento normativo e estratégico com foco em processos de trabalho?

Sobre Manoel de Barros

sábado, 17 de junho de 2017

A História das Coisas – The Story of Stuff

O curta de animação intitulado “A História das Coisas” tem muitas qualidades. Em poucos minutos, o curta consegue demonstrar como a lógica do consumismo e do lucro privado interferem na dinâmica produtiva, na exploração dos trabalhadores e, por conseguinte, na própria sobrevivência do planeta.

Dentro do âmbito da Vigilância Sanitária, “A História das Coisas” oferece boas reflexões, que serão aqui enumeradas:

1.   Sendo a Vigilância Sanitária um campo de atuação estatal que tem por objeto o controle de riscos sanitários advindos de serviços e produtos, o servidor de VISA encontra-se imerso dentro de conflitos existentes entre a segurança da população e os interesses econômico financeiros de grupos privados. Desta forma, todo aquele que atua na VISA deve possuir uma visão crítica sobre a realidade produtiva, não apenas para que suas ações não comprometam a economia de uma cidade ou estado, mas, acima de tudo, para que ideologias falaciosas sobre o desenvolvimento econômico não prevaleçam sobre a defesa da saúde da população. Em outras palavras: um agente público da VISA não pode ser enganado por discursos produtivistas focados na exploração de trabalhadores, na proliferação de riscos e na lucratividade a todo o custo

2.  “A História das Coisas” demonstra que o servidor público que atua na Vigilância Sanitária não pode ser um ator social limitado a avaliar o risco de um estabelecimento ou de um produto. Muito mais que isso: o seu conhecimento técnico deve estar o tempo todo associado a conteúdos políticos, de modo que ele possa abranger, dentro da sua análise, a capacidade de mensurar as externalidades positivas e negativas que emanam de um serviço ou produto, buscando levar tais questões a instâncias de controle popular, já que o interesse que se defende aqui é o de toda a sociedade.

3.  A questão da obsolescência muitas vezes pode se relacionar a danos à segurança dos consumidores. Na medida em que um produto é construído para entrar em colapso dentro de um espaço de tempo relativamente curto, os defeitos que surjam podem comprometer a saúde da população. Até que ponto a VISA não deveria monitorar mais de perto a questão relativa à segurança de produtos e os seus efeitos na saúde pública? Será esta uma ação restrita aos órgãos de controle de qualidade?

4.       Dentro da ótica da Economia de Materiais, deveríamos dar mais importância à questão do manejo de resíduos. O controle poderia se dar não apenas à forma como o lixo é manejado em si, podendo se expandir até mesmo para uma avaliação sobre a quantidade de resíduos. Tal quantidade é compatível com o número de procedimentos realizados? Os Procedimentos Operacionais Padrão e outras normas de rotinas dos serviços abrangem questões relativas ao uso controlado de materiais, de modo a evitar o desperdício? O produto poderia ser fabricado com matérias prima menos lesivas ao ambiente e às pessoas?

5.      Na medida em que os fatos sociais não se encontram isolados, e a saúde pública é uma área que dialoga constantemente com a proteção à saúde do trabalhador e à proteção ao meio ambiente, “A História das Coisas” e o seu olhar amplo sobre a realidade demonstram sobre o quanto é importante pensarmos em meios cada vez mais efetivos de interação entre as diferentes Vigilâncias.

6.    Como a lógica que estimula o acúmulo financeiro das corporações pode impor obstáculos à VISA? Ora, se a VISA é uma área que busca regular o Mercado, impondo-lhe limitações em nome do interesse público, é natural que o Mercado, enquanto instância de poder com alto grau de influência, coloque-se como antagonista. 




terça-feira, 13 de junho de 2017

“OS REMÉDIOS FLORAIS DO DR BACH” [TRECHO]


Por Edward Bach
A razão principal do fracasso da medicina moderna está no fato de ela se ocupar dos efeitos e não das causas. Por muitos séculos, a real natureza da doença foi encoberta pela capa do materialismo e, assim, tem sido dadas à própria doença todas as oportunidades de ela propagar sua destruição, uma vez que não foi combatida em suas origens. Essa situação é semelhante à do inimigo que construiu uma sólida fortaleza nas colinas, comandando de lá constantes operações de guerrilha no país vizinho, enquanto as pessoas, ignorando a praça forte, contentam-se em reparar as casas danificadas e em enterrar seus mortos, consequências das ofensivas dos saqueadores. Essa é, em termos gerais, a situação da medicina nos dias de hoje: consertar às pressas os danos resultantes do ataque e enterrar os mortos, sem que se dê a mínima atenção para o verdadeiro reduto inimigo.
A doença nunca será curada nem erradicada pelos métodos materialistas dos tempos atuais, pelo simples fato de que, em suas origens , ela não é material. O que conhecemos como doença é o derradeiro efeito produzido no corpo, o produto final de forças profundas desde há muito em atividade, e, mesmo quando o tratamento material sozinho parece bem sucedido, ele não passa de um paliativo, a menos que a causa real tenha sido suprimida.
A tendência atual da ciência médica, por interpretar erroneamente a verdadeira doença e por fixar toda a atenção, com sua visão materialista, no corpo físico, tem aumentado sobremodo o poder da doença; em primeiro lugar, por desviar a atenção das pessoas da verdadeira origem da enfermidade e, portanto, da estratégia eficaz para combatê-la; em segundo , por localizá-la, no corpo, obscurecendo, assim, a verdadeira esperança de recuperação e criando um enorme complexo de doença e medo, complexo que nunca deveria ter existido.
Em essência, a doença é o resultado do conflito entre a Alma e a Mente, e ela jamais será erradicada exceto por meio de esforços mentais e espirituais.
Nenhum esforço que se destine apenas ao corpo pode fazer mais do que reparar superficialmente um dano, e nisso não há nenhuma cura, visto que a causa ainda continua em atividade e pode, a qualquer momento, manifestar novamente sua presença, assumindo outro aspecto. De fato, em muitos casos a recuperação aparente acaba sendo prejudicial, já que oculta do paciente a verdadeira causa do seu problema, e, na satisfação que se experimenta com essa aparente recuperação da saúde, o fato real, continuando ignorado, pode fortalecer-se.
Uma das exceções para os métodos materialistas na ciência moderna é a do grande Hahnemann, o fundador da homeopatia, que com sua compreensão do amor beneficente do Criador e da Divindade que mora dentro do homem, e por estudar a atitude mental de seus pacientes diante da vida, do meio ambiente e suas doenças, foi buscar nas ervas do campo e nos domínios da natureza o remédio que não apenas haveria de curar seus corpos mas, ao mesmo tempo, elevaria a sua perspectiva mental.
Quinhentos anos antes de Cristo, alguns médicos da antiga Índia, trabalhando sob a influência do Senhor Buda, levaram a arte de curar a um estágio tão perfeito que conseguiram abolir a cirurgia, ainda que, na sua época, ela fosse tão eficiente, ou até mais, que a dos dias atuais. Homens como Hipócrates, com seus ideais grandiosos sobre a cura; Paracelso, com a convicção de uma divindade dentro do homem, e, Hahnemann, que compreendeu que a doença tinha sua origem num plano acima do físico – todos eles sabiam muito sobre a verdadeira natureza do sofrimento e sobre o remédio para ele.
A doença, posto que pareça tão cruel, é benéfica e existe para nosso próprio bem; se interpretada de maneira correta, guiar-nos-á em direção aos nossos defeitos principais. Se tratada com propriedade, será a causa da supressão desses defeitos e fará de nós pessoas melhores e mais evoluídas do que éramos antes. O sofrimento é um corretivo para se salientar uma lição que de outro modo não haveríamos de aprender, e ele jamais poderá ser dispensado até que a lição seja totalmente assimilada.
Vemos que não há nada de acidental no que diz respeito à doença, nem quanto ao seu tipo nem quanto à parte do corpo que foi afetada; como todos os outros resultados da energia, ela obedece à lei de causa e efeito. Certos males podem ser causados por meios físicos diretos, tais como os associados à ingestão de substâncias tóxicas, acidentes, ferimentos e excessos cometidos, mas, em geral, a doença se deve a algum erro básico em nosso temperamento.
As doenças reais e básicas do homem são certos defeitos como o orgulho, a crueldade, o ódio, o egoísmo, a ignorância, a instabilidade, a ambição; e se cada um deles for considerado individualmente, notar-se-á que todos são contrários à Unidade. Tais defeitos é que constituem a verdadeira doença, e a continuidade desses defeitos, persistirmos neles, depois de termos alcançado um estágio de desenvolvimento em que já os sabemos nocivos, é o que ocasiona no corpo os efeitos prejudiciais que conhecemos como enfermidades.
Para se alcançar uma cura completa, não somente devem ser empregados recursos físicos, escolhendo sempre os métodos melhores e mais familiares à arte da cura, mas também devemos lançar mão de toda a nossa habilidade para eliminar qualquer falha em nossa natureza; porque a cura total vem essencialmente de dentro de nós, da própria Alma que, por meio da bondade do Criador, irradia harmonia do começo ao fim da personalidade, quando se permite que assim seja.
(…) Não há objetivo em nos ocuparmos dos fracassos da medicina moderna; demolir é inútil quando não se constrói um edifício melhor e, como na medicina já se estabeleceram as bases de uma edificação mais nova, empenhemo-nos em acrescentar um ou dois tijolos a esse templo. Tampouco pode ser de valor uma crítica negativa da profissão; é o sistema que está fundamentalmente equivocado, não os homens; pois é um sistema pelo qual o médico, por razões unicamente econômicas, não tem tempo para ministrar um tratamento tranquilo e sossegado nem oportunidade para pensar e meditar adequadamente, o que deveria ser a herança dos que devotam sua vida a assistir doentes. Como disse Paracelso, o médico sábio atende a cinco, e não a quinze pacientes num dia – ideal impraticável em nossa época para um médico comum.
A aurora de uma arte de curar mais nova e melhor paira sobre nós. Há cem anos, a homeopatia de Hahnemann foi o primeiro raio da luz matinal, depois de um longo período de trevas, e pode desempenhar um grande papel na medicina do futuro. Ademais, a atenção que se está dispensando no presente momento à melhoria da qualidade de vida e ao estabelecimento de uma dieta mais pura é um progresso rumo à prevenção da doença; a esses movimentos que pretendem levar ao conhecimento das pessoas tanto a relação que existe entre os fracassos espirituais e a enfermidade, bem como a cura que se pode obter através do aprimoramento da mente, estão apontando o caminho por onde devemos seguir rumo à luz de um novo dia, em cujo brilho a escuridão da enfermidade desaparecerá

domingo, 11 de junho de 2017

Indicadores de Saúde - Conceito, OPAS e desafios para a Vigilância Sanitária

*baseado nas instruções de Daniel Coradi

Segundo a Organização Panamericana de Saúde, os Indicadores de Saúde podem ser conceituados como: "medidas-síntese que contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde. Vistos em conjunto, devem refletir a situação sanitária de uma população e servir para a vigilância das condições de saúde".

Normalmente tais indicadores abrangem complexidades que na maioria das vezes passam despercebidas pela população em geral, e até mesmo pelos profissionais de saúde. Ao relacionar aspectos sociais, econômicos, biológicos, ambientais e políticos distintos, os Indicadores contribuem para o Monitoramento das condições de saúde da população.

Quando os dados são organizados em diferentes configurações, acabam fornecendo informações que não seriam observadas de forma direta, de modo que os fenômenos são avaliados de forma mais ampla e profunda.

Normalmente os Indicadores de Saúde medem justamente os fenômenos opostos da saúde: a morbidade e a mortalidade.

Os indicadores utilizados pela VISA têm recebido muitas críticas, por se referirem basicamente ao número de procedimentos realizados, e não às condições de saúde que foram monitoradas e modeladas pelos órgãos de fiscalização sanitária. Exemplos mais comuns de indicadores são: Número de Registro de Produtos; Número de Inspeções Anuais, Número de Investigações de Eventos Adversos, etc.

Um dos grandes desafios da VISA é justamente a criação de Indicadores de Saúde que contribuam para uma avaliação das repercussões da fiscalização sanitária sobre a saúde da população. Algo que naturalmente dificulta a criação é o fato de a VISA atuar preventivamente sobre produtos e serviços de interesse à saúde, mas nem por isso a tarefa se torna impossível.

Como sugestão de aprofundamentos no assunto, temos os seguintes links:
http://www.ripsa.org.br/
http://datasus.saude.gov.br/

Finalmente, outro grande desafio, desta vez que diz respeito a outras áreas da saúde, refere-se à criação de Indicadores de Saúde dotados de maior simplicidade para coleta e interpretação, que possuam baixo custo e que possam ser lidos não apenas por especialistas na área, mas também por gestores, profissionais de saúde e população em geral.