quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Atividade do Chapéu

COOPERATIVISMO SOCIAL NO FILME "SI PUÒ FARE" (DÁ PARA FAZER)

O filme SI PUÒ FARE (DÁ PARA FAZER) trata dos altos e baixos de uma cooperativa social formada por pessoas com deficiência mental, e especializada em criação de pisos mosaicos.

Muitas experiências podem ser extraídas do filme,das quais merecem destaque:

1) Medicalização

2) Utilização inteligente dos recursos humanos

3) Teoria do suicídio de Emile Durckeime

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Experiência de Educação em VISA

A experiência mais marcante que eu tive na área de educação em VISA se deu na oportunidade de um curso de Processo Administrativo Sanitário oferecido aos colegas da DIVISA.

Até então, quase todos os servidores da DIVISA já tinham realizado um curso na área, sempre oferecido por facilitadores vindos de outros estados ou outros órgãos. Em que pese os cursos realizados, a maioria dos servidores tinham dificuldades de aplicar a legislação sanitária durante as inspeções.

Percebendo a fragilidade, o colega Valderi Lira percebeu que a maior parte das dúvidas advinham da falta de cursos mais voltados para a prática de trabalho, que utilizassem instrumentos documentais da própria DIVISA. Ao invés disso, os cursos normalmente tratavam de temas básicos, mais relativos aos conceitos gerais da atuação do fiscal sanitário, adentrando minimamente na prática jurídico sanitária que é inerente à função.

Deste modo, idealizamos um curso que não deixou de fazer uma abordagem conceitual, mas que se dedicou mais aos aspectos práticos do Processo Administrativo Sanitário, sempre pautado por assuntos que surgiam das dúvidas dos nossos colegas, que foram sistematizadas nos meses anteriores ao curso.

Adicionalmente, as parcelas conceituais do curso foram mais voltadas para abordagens mais críticas sobre a atuação do fiscal sanitário, e não a análises ideais sobre o seu objeto de atuação.


Considero a experiência descrita como marcante pelo fato de o que se mostrou mais forte no nosso curso foi justamente o fato de o seu conteúdo e da sua abordagem terem sido construídos internamente, fugindo de perspectivas ingênuas e superficiais sobre a matéria.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Eis um livro que adorei: Abraço Afetuoso em Corpo Sofrido

Poderíamos responder a essa pergunta dizendo que doença é o que nós representamos que ela seja. Assim, se para nós doença é uma possessão diabólica, então ela é isso. Se achamos que é uma invasão de microorganismos patógenos em nosso corpo, então doença é isso. Se pensamos que é algo que nos afeta negativamente, pois nos faz sofrer, e é fruto de uma punição por alguma ação imprópria que possamos ter cometido (comer desregradamente, por exemplo), então doença é isso. Mas, se julgarmos que doença é algo que nos revela um desequilíbrio interior e que nos chama a uma mudança de vida para que alcancemos um novo equilíbrio superior, então doença será isso”.
                                                                                                   Giulio Vicini


Tive o grande prazer de ler Abraço Afetuoso em Corpo Sofrido, obra do psicólogo Giulio Vicini, resultado de um estudo realizado com idosos socialmente ativos na cidade de São Paulo. Felizmente, Vicini nos leva muito além de resultados interessantes, que demonstram a importância de uma abordagem integral e transdisciplinar. O autor acrescenta à sua pesquisa elementos paradigmáticos sobre a saúde humana, revendo conceitos e abordagens, dialogando com pensamentos inovadores, transmutando a nossa forma de enxergar o corpo e o ser que o habita.
Um de seus méritos é o cuidado em abordar o conceito de saúde e doença. Sabemos que a essência de toda a ciência é compreender bem o seu objeto, algo que os estudos da área sanitária costumam passar distante. Vicini, pelo contrário, vai fundo nesse quesito, demonstrando a subjetividade que o envolve. Mais do que uma definição científica, o conceito de saúde é construído socialmente, segundo as crenças e expectativas das pessoas (como vemos no trecho acima), perpassando ainda pelos aspectos culturais, econômicos e políticos de determinado tempo, de determinada região.

Outra grande conquista do livro é a abordagem sobre as “insuficiências da ciência” tradicional, cartesiana, incapaz de solucionar substancialmente os nossos problemas. Somos apresentados ao paradigma holístico, uma forma de conhecer os objetos e seus fenômenos de maneira mais sistêmica, interligando as partes com o todo, e o todo com as partes, sem os reducionismos costumeiros dos cientistas corriqueiros. Quando aplicado à saúde humana, o paradigma holístico constrói modelos de intervenção que tomam por base o equilíbrio físico, psíquico, social, espiritual e ecológico do organismo. Ocorre, com isso, a interessante união entre efetividade e afetividade, questão das mais caras na opinião de todos que tentam aplicar no seu dia a dia os princípios da Política Nacional de Humanização (PNH). Aliás, sabemos que as práticas de humanização não se fixam apenas na dignificação dos modelos assistenciais, voltando-se também para a otimização de resultados.
Fica a dica:
Abraço Afetuoso em Corpo Sofrido: saúde integral para idosos / Giulio Vicini. São Paulo : Editora SENAC São Paulo, 2002.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

7ª edição da Semana do Conhecimento da Anvisa e da Global Summit on Regulatory Science.

Promover a integração e o compartilhamento de conhecimentos em regulação sanitária entre os profissionais de regulação, técnicos do SNVS, comunidade científica e sociedade. Essa é a proposta da 7ª Semana do Conhecimento da Anvisa.
É hora de refletir sobre as práticas desenvolvidas, limites e possibilidades de mudanças, compartilhar informações técnicas, desenvolver o pensamento crítico, a criatividade e a inovação. Venha fazer parte desse momento.

Fonte: http://portal.anvisa.gov.br/
Saiba mais: http://portal.anvisa.gov.br/semanadoconhecimento

sábado, 5 de agosto de 2017

Educação Continuada - Conceito

Atividades de ensino envolvendo programas de atualização, aperfeiçoamento e especialização, congressos e eventos de interesse profissional e atividades de estudo dirigido ou sob orientação individual ou coletiva.

Fonte:
SUS de A a Z - CONASEMS

Política de Educação Permanente em Saúde - PEP/SUS

A Politica de Educação Permanente em Saúde foi idealizada para construir um novo estilo de gestão dos processos de trabalho e das equipes, no qual os pactos para reorganizar o trabalho sejam firmados coletivamente e os diferentes profissionais passem a ser sujeitos da produção de alternativas para a superação de problemas.

A Politica de Educação Permanente propicia a reflexão coletiva sobre o trabalho no SUS, que inclui a integralidade, a produção do cuidado, o trabalho em equipe, a dinamização de coletivos, a gestão de equipes e unidades, a capacidade de problematizar e identificar pontos sensíveis e estratégicos para a produção da integralidade e da humanização.

Fontes:
O SUS de A a Z - CONASEMS
Portaria n° 198 de 2004

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Rede HumanizaSUS

No ano de 2013 eu fui uma espécie de colaborador do Blog da Rede HumanizaSUS.

Para ver as antigas publicações:

http://www.redehumanizasus.net/usuario/raoni-rodrigues

terça-feira, 11 de julho de 2017

ANVISA: Aberta consulta pública sobre aditivos em carnes

Consulta pública nº 363 abre espaço para envio de comentários e sugestões a respeito de aditivos autorizados para uso em carnes.

Na última quinta-feira (6/7), a Anvisa publicou, no Diário Oficial da União (DOU), uma consulta pública sobre aditivos alimentares autorizados para uso em carnes e produtos cárneos. O texto da proposta de regulamento já está disponível e o as contribuições poderão ser enviadas a partir do próximo dia 13/7.
A proposta da consulta é discutir funções, limites máximos e condições de uso dos aditivos.
texto completo da proposta está disponível no portal da Anvisa e o prazo para envio das contribuições para aconsulta pública é de 60 dias, de 13/7 a 11/9/2017. Para perticipar, preencha o formulário. 

Fonte: http://portal.anvisa.gov.br

quinta-feira, 6 de julho de 2017

ANOREXÍGENOS - Medicamentos liberados por lei trazem risco à saúde

Agência lamenta sanção de PL, inconstitucional, que autoriza a produção, a comercialização e o consumo das substâncias à base de sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol.

A Anvisa lamenta a sanção, por parte do presidente da República em exercício, deputado federal Rodrigo Maia, do Projeto de Lei 2.431/2011, que autoriza a produção, a comercialização e o consumo de medicamentos à base das substâncias anorexígenas sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol. Essa lei, além de inconstitucional, pode representar grave risco para a saúde da população. Legalmente, cabe à Agência a regulação sobre o registro sanitário dessas substâncias, após rigorosa análise técnica sobre sua qualidade, segurança e eficácia. Assim ocorre em países desenvolvidos e significa uma garantia à saúde da população. O Congresso não fez, até porque não é seu papel nem dispõe de capacidade para tal, nenhuma análise técnica sobre esses requisitos que universalmente são requeridos para autorizar a comercialização de um medicamento.
A lei que autoriza esse grupo de anorexígenos da matéria contraria frontalmente o que está estabelecido pelas Leis nº 6.360/76 e 9.782/99. A venda (dispensação) dos medicamentos à base de anfepramona, femproporex, mazindol e sibutramina é regulada pela Anvisa através da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 133/2016.
A própria Advocacia Geral da União (AGU) já deu parecer contrário a esta matéria, em decisão divulgada neste último dia 22 de junho.
A decisão de sancionar a liberação da comercialização desses anorexígenos no Brasil vai contra o que ocorre em outros países desenvolvidos, cuja competência para avaliar se estão aptos a serem oferecidos à população é das respectivas agências reguladoras. Vejamos:

Femproporex

Não é aprovado nos EUA e foi proibido na Europa em 1999.

Mazindol

Foi retirado dos mercados dos EUA e da Europa também em 1999.

Anfepramona

Começou a ser utilizada em 1997. É vendida nos EUA, mas não é aprovada na Europa.

Quanto à a sibutramina, há de se destacar que ela também foi reavaliada pela Anvisa, mas, neste caso, ficou demonstrado que o seu benefício era maior que o risco, desde que utilizada adequadamente e para determinados perfis de pacientes.
Ou seja: a sibutramina continua como opção terapêutica disponível para a população brasileira em medicamentos - com o devido registro na Anvisa - que podem ser produzidos e comercializados por farmácias de manipulação. Existem 13 fabricantes com registro deste medicamento no Brasil e 22 sibutraminas em comercialização no país. Mas o controle sobre a substância foi reforçado: a venda só pode ser feita mediante apresentação de Receita "B2", com quantidade de medicamento correspondente a, no máximo, 60 (sessenta) dias de tratamento. Dessa maneira, a Anvisa garante o acesso aos que precisam do medicamento, mas com as necessárias proteções contra os riscos.
Deve-se salientar que há outros inibidores de apetite registrados na Anvisa e cujas análises demonstraram o atendimento às exigências de qualidade, segurança e eficácia. Eles estão disponíveis para que os médicos os prescrevam àquelas pessoas com obesidade e que deles necessitam.
É importante esclarecer que produtos à base de anfepramona, femproporex e mazindol não estão proibidos. O registro de medicamentos com essas substâncias pode ser solicitado e poderá ser concedido mediante a apresentação de dados que comprovem a eficácia e segurança dos mesmos, conforme Art. 2º da Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 50/2014.
Por fim, a Anvisa se coloca à inteira disposição da sociedade para colaborar com o debate e fornecer todas as informações técnicas possíveis. No entanto, é importante reiterar que liberar medicamentos que não passaram pelo devido crivo técnico seria colocar em risco a saúde da população.

Fonte: http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/anvisa-lei-que-libera-anorexigenos-e-inconstitucional/219201?p_p_auth=oPifmsbl&inheritRedirect=false&redirect=http%3A%2F%2Fportal.anvisa.gov.br%2Fnoticias%3Fp_p_auth%3DoPifmsbl%26p_p_id%3D101_INSTANCE_FXrpx9qY7FbU%26p_p_lifecycle%3D0%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_mode%3Dview%26p_p_col_id%3D_118_INSTANCE_dKu0997DQuKh__column-1%26p_p_col_count%3D1

segunda-feira, 3 de julho de 2017

A SUVISA na Festa do 2 de julho...


A Festa da Independência da Bahia ou Desfile do Dois de Julho como é chamado pelos soteropolitanos, é uma festa de caráter cívico, comemorativa da independência do Brasil em terras baianas. O cortejo acontece todos os anos no dia 2 de julho na cidade de Salvador, Bahia, tendo seu início no Largo da Lapinha no Pavilhão Dois de Julho ao lado da Paróquia da Lapinha, onde se encontra a imagem do caboclo, símbolo da independência da Bahia.

Com um grande desfile popular juntamente com as imagens do caboclo e da cabocla, reverenciando a força nativa sobre as tropas lusitanas derrotadas em 1823, percorre por várias ruas históricas até o seu apogeu no largo do Campo Grande ou praça Dois de Julho. Famílias inteiras acompanharam o desfile e todos os seus atos. Inclusive a família da Vigilância em Saúde, contando com a presença dos servidores entusiasmados com a data cívica.


O governo Rui Costa destacou a importância da data. "Os ideais do 2 de Julho permanecem hoje: de liberdade, independência e crescimento que gere emprego e renda para o nosso povo. Eu acho que o 2 de Julho nunca esteve tão atual. Por isso essa multidão está aqui nas ruas. Viva a Bahia! Viva o 2 de Julho!", afirmou Rui.

Fonte: http://www.suvisa.ba.gov.br/content/2-de-julho

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Poema on line encravado no meio do filme Doutor Estranho



"Não saber torna impossível evitar
que a mesma coisa aconteça novamente.
Por outro lado, é libertador.
O mundo pode ser perigoso e coisas ruins
acontecem às vezes, mas não há nada que você
possa fazer, exceto viver sua vida.
E seria uma tolice se, enquanto você a vivesse,
você não a aproveitasse".


A Odisseia de Homero.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Homenagem aos colegas conquistenses...

"Quando cessa a vigilância e os esforços dos bons, os maus predominam".

Pearl S. Buck

"Quando cessa a vigilância sobre as condições sanitárias e os esforços dos fiscais, os maus predominam".

Servidor da VISA de Vitória da Conquista

Narrativa Reflexiva - Agite-se Antes de Beber - Articulação entre Vigilância Sanitária e Educação Popular em Saúde

Tivemos a oportunidade, no nosso 4º encontro do curso de especialização em GVISA, de assistir ao vídeo "Agite-se Antes de Beber", de autoria do Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC). 

O vídeo avalia não apenas os componentes funestos que são parte da matéria prima para sucos industrializados, e o desconhecimento que consumidores (pais e filhos) têm com relação às matérias primas de tais sucos.

E as conclusões encontradas são:
  • 1. Com relação aos ingredientes, verifica-se que a indústria alimentícia se utiliza de uma quantidade absurda de açúcar e conservantes para produzir os seus sucos, enquanto a parcela de fruta é praticamente nula. Se o sabor lembra o de um suco, isso fica mais a cargo dos aromatizantes e outras substâncias enganadoras de nossos paladares.
  • 2. Por sua vez, o desconhecimento dos consumidores é gritante. O vídeo se resume, basicamente, a fazer com que pais e filhos leiam a relação de ingredientes do suco... e o mais impressionante é verificar o quão surpresos todos ficaram com essa leitura... descobre-se que um suco de uva não leva uva dentre seus ingredientes, mas apenas uma pequena fração de maçã e aromatizantes... e nota-se que a quantidade de açúcar costuma ser quatro ou cinco vezes maior que a de frutas, quando o suco chega a ter alguma fruta.


Assistimos ao vídeo em companhia de fiscais sanitários de diferentes partes do estado da Bahia. E pude perceber que todos concordam que novos paradigmas devem nortear a produção e a difusão de conhecimentos na área da Vigilância Sanitária. Costumamos ficar satisfeitos quando nossos técnicos conseguem consolidar informações relativas ao conteúdo lesivo de alimentos. Ocorre que não damos a mesma importância à difusão desse conhecimento para a população como um todo.

Caso a própria população fosse educada nesse sentido, teríamos ao lado da Vigilância Sanitária milhões de fiscais que atuariam de uma forma muito mais efetiva do que a dos órgãos de fiscalização: apenas deixariam de consumir produtos lesivos à saúde. Isso sim é uma penalidade muito mais grave do que multas e interdições eventuais.

Enxergamos como grande desafio para a Gestão da Vigilância Sanitária a necessidade de tornar a população como um todo partícipe do controle de riscos sanitários. Poucas ações existem nesse sentido... eis que o vídeo nos incentivou a pensar mais sobre o assunto, e a levar, cada um para a sua cidade, algumas ideias de difusão de informações sanitárias.

Para quem quer assistir ao vídeo "Agite-se Antes de Beber".

https://www.youtube.com/watch?v=Wcg4AR4GBnM



domingo, 25 de junho de 2017

Imagens para o Documentário Globalização - Encontro com Milton Santos - o mundo global visto do lado de cá

O mundo global visto do lado de cá, documentário do cineasta brasileiro Sílvio Tendler, discute os problemas da globalização sob a perspectiva das periferias (seja o terceiro mundo, seja comunidades carentes). O filme é conduzido por uma entrevista com o geógrafo e intelectual baiano Milton Santos, gravada quatro meses antes de sua morte.

Para tratar de captar a essência do filme de uma forma diferente, resolvemos combinar algumas ideias do filme com fotografias marcantes que captaram momentos de diferentes partes do mundo. 


"É preciso explicar por que o mundo de hoje, que é horrível, é apenas um momento do longo desenvolvimento histórico e que a esperança sempre foi uma das forças dominantes das revoluções e das insurreições. E eu ainda sinto a esperança como minha concepção de futuro".
Jean Paul Sartre
Nota: no prefácio de "Os condenados da terra", de Frantz Fanon, 1963.




"O centro do mundo está em todo o lugar..."




"O mundo é o que se vê de onde se está..."





"O Nível de desenvolvimento dos países podem ser medidos pela quantidade de luzes visíveis durante a noite"...




"A renda dos 500 mais ricos do mundo é superior ao dos 419 milhões mais pobres"...





Três formas de se ver o mundo, segundo Milton Santos:

1. "A globalização como falam..."




2. "A globalização como realmente é... perversidade"




3. "O mundo como ele pode ser... uma outra globalização"




"As condições técnicas existentes no mundo podem garantir a sobrevivência digna de todos os habitantes da terra... ocorre que essas condições estão concentradas nas mãos de uma parcela minúscula de pessoas. A fome, por exemplo, não é decorrente de uma questão de produção, mas de distribuição".




"Consenso de Washington - uma bula que deixou os países pobres ainda mais pobres".



quinta-feira, 22 de junho de 2017

Anvisa divulga alterações de normas em um único arquivo

Com o objetivo de melhorar o acesso às normas da regulamentação sanitária da Anvisa e, assim, dar mais clareza e facilitar, para a sociedade, o entendimento das exigências legais e o que está realmente vigente no momento, a Anvisa passa a disponibilizar, no seu sítio eletrônico, a versão compilada das suas normas. A iniciativa se deve ao fato de que, frequentemente, a regulamentação sanitária sofre alterações, o que pode confundir o público sobre qual a versão está atualizada.
A norma compilada é aquela que traz, em um único texto, o registro das alterações sofridas, que podem ser informações de nova redação, inclusão, revogação, prorrogação de prazo, retificação e republicação, determinadas por outras normas posteriores. O resultado propicia à sociedade mais transparência, clareza, qualidade normativa e segurança jurídica.
O portal da Anvisa traz a legislação atualizada e com dados confiáveis a respeito de resoluções, instruções normativas e guias, entre outros regulamentos da Agência. A norma pode ser encontrada pelo sistema de busca específico de legislação. Para acessar as normas, basta clicar no link “Legislação”, na página inicial, e abrir a busca específica de legislação sanitária. É possível buscar uma norma pelo seu tema, por data, pelo número do ato ou por palavras-chaves na ementa da norma.
A Gerência-Geral de Boas Práticas Regulatórias e Regulamentação da Anvisa, GGREG, em parceria com a Confederação Nacional de Indústrias (CNI), iniciou a compilação das normas da Anvisa no segundo semestre de 2015.  Dos mais de 750 atos normativos compilados por essa cooperação, 80% já foram validados e estão disponíveis na página de Legislação. Além disso, as alterações ocorridas nos anos de 2016 e 2017 já estão no Portal da Anvisa em suas versões compiladas.
As próximas ações irão buscar o aperfeiçoamento das normas e sua organização em bibliotecas de assunto, o que facilitará o acesso das empresas e da sociedade à regulamentação de determinado produto da indústria.
A GGREG prevê, também, o desenvolvimento de métodos voltados à avaliação do estoque regulatório da Anvisa, identificando problemas relacionados aos atos normativos, como sobreposições, incoerências, lacunas e atos obsoletos, entre outros. Isso subsidiará a adoção de medidas para a melhoria da qualidade dos atos normativos e para a simplificação administrativa dos regulamentos.
No vídeo abaixo, a Gerente-Geral Substituta de Regulamentação e Boas Práticas Regulatórias (GGREG), Gabrielle Troncoso, explica como acessar as normas atualizadas da Anvisa.

Fonte: http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/encontre-a-legislacao-sanitaria-atualizada-pela-anvisa/219201?p_p_auth=oPifmsbl&inheritRedirect=false&redirect=http%3A%2F%2Fportal.anvisa.gov.br%2Fnoticias%3Fp_p_auth%3DoPifmsbl%26p_p_id%3D101_INSTANCE_FXrpx9qY7FbU%26p_p_lifecycle%3D0%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_mode%3Dview%26p_p_col_id%3D_118_INSTANCE_dKu0997DQuKh__column-1%26p_p_col_count%3D1

Poesias de Manoel de Barros

As poesias de Manoel de Barros passaram a ilustrar parte das atividades dos nossos grupos de trabalho... e têm sido responsáveis por provocar reflexões mais profundas sobre temas antes verificados de forma superficial.

Vídeo Conferência - Indicadores de Saúde - prática simulada em Vigilância Sanitária

Questoes de Aprendizagem - conceitos de Risco Sanitário e de Vigilância Sanitária; atribuições e limites da competência da VISA

1. Sobre o conceito de Risco Sanitário.

2. Noções de classificação e priorização do Risco

3. Conceito de Vigilância Sanitária

4. Atribuições e Competências da Vigilância Sanitária

5. Competências específicas da área da Agricultura e da Vigilância Sanitária

6. Aproximações entre Vigilância Sanitária e Vigilância em Saúde do Trabalhador

Video-conferência - "Cidade e Saúde"... ou "como o urbano afeta a saúde e a qualidade de vida"

Questões territoriais como indicadores sociais de saúde...
Debate interessantíssimo sobre as zonas de contato entre a cidade em que se vive e a saúde/qualidade de vida.

Café com os colegas - cafeína que sustenta nosso trabalho!

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Situação Problema - prática simulada em Vigilância Sanitária - "O Palacete"



Problemas Identificados
1. Não conformidades sanitárias com base na RDC 50 - Infraestrutura física inadequada
2. Interdição de serviço público
3. Intervenção política
4. Falta de foco na análise de risco sanitário
5. Descontinuidade da assistência prestada
6. Restrições na reforma do prédio
7. Conflito entre gestão e equipe da VISA


Hipóteses relacionadas aos Problemas 

1.
- Desconhecimento das normas sanitárias por parte do regulado
- Falta de organização nos processos de trabalho da unidade
- Omissão na fiscalização
- Recursos financeiros insuficientes
- Ingerência política

2.
- Está em desacordo com as normas sanitárias

3.
- Faltade autonomia no trabalho da VISA
- Precarização do vínculo empregatício dos servidores da VISA
- Receio de uma repercussão negativa da gestão

4. 
- Deficiência da educação permanente das práticas da VISA

5. 
- Falta de planejamento
- Ausência da VISA nas ações de monitoramento, planejamento e antecipação do risco
- rede desestimulada

6. 
- Reforma condicionada ao parecer de outros órgãos

7. 
- Interesses econômicos, políticos...


Questões de Aprendizagem
A. Quais os fundamentos da VISA?
B. O que é gerenciamento de risco?
C. Quais as necessidades na área de competência de educação na VISA?
D. Como desenvolver planejamento normativo e estratégico com foco em processos de trabalho?

Sobre Manoel de Barros

sábado, 17 de junho de 2017

A História das Coisas – The Story of Stuff

O curta de animação intitulado “A História das Coisas” tem muitas qualidades. Em poucos minutos, o curta consegue demonstrar como a lógica do consumismo e do lucro privado interferem na dinâmica produtiva, na exploração dos trabalhadores e, por conseguinte, na própria sobrevivência do planeta.

Dentro do âmbito da Vigilância Sanitária, “A História das Coisas” oferece boas reflexões, que serão aqui enumeradas:

1.   Sendo a Vigilância Sanitária um campo de atuação estatal que tem por objeto o controle de riscos sanitários advindos de serviços e produtos, o servidor de VISA encontra-se imerso dentro de conflitos existentes entre a segurança da população e os interesses econômico financeiros de grupos privados. Desta forma, todo aquele que atua na VISA deve possuir uma visão crítica sobre a realidade produtiva, não apenas para que suas ações não comprometam a economia de uma cidade ou estado, mas, acima de tudo, para que ideologias falaciosas sobre o desenvolvimento econômico não prevaleçam sobre a defesa da saúde da população. Em outras palavras: um agente público da VISA não pode ser enganado por discursos produtivistas focados na exploração de trabalhadores, na proliferação de riscos e na lucratividade a todo o custo

2.  “A História das Coisas” demonstra que o servidor público que atua na Vigilância Sanitária não pode ser um ator social limitado a avaliar o risco de um estabelecimento ou de um produto. Muito mais que isso: o seu conhecimento técnico deve estar o tempo todo associado a conteúdos políticos, de modo que ele possa abranger, dentro da sua análise, a capacidade de mensurar as externalidades positivas e negativas que emanam de um serviço ou produto, buscando levar tais questões a instâncias de controle popular, já que o interesse que se defende aqui é o de toda a sociedade.

3.  A questão da obsolescência muitas vezes pode se relacionar a danos à segurança dos consumidores. Na medida em que um produto é construído para entrar em colapso dentro de um espaço de tempo relativamente curto, os defeitos que surjam podem comprometer a saúde da população. Até que ponto a VISA não deveria monitorar mais de perto a questão relativa à segurança de produtos e os seus efeitos na saúde pública? Será esta uma ação restrita aos órgãos de controle de qualidade?

4.       Dentro da ótica da Economia de Materiais, deveríamos dar mais importância à questão do manejo de resíduos. O controle poderia se dar não apenas à forma como o lixo é manejado em si, podendo se expandir até mesmo para uma avaliação sobre a quantidade de resíduos. Tal quantidade é compatível com o número de procedimentos realizados? Os Procedimentos Operacionais Padrão e outras normas de rotinas dos serviços abrangem questões relativas ao uso controlado de materiais, de modo a evitar o desperdício? O produto poderia ser fabricado com matérias prima menos lesivas ao ambiente e às pessoas?

5.      Na medida em que os fatos sociais não se encontram isolados, e a saúde pública é uma área que dialoga constantemente com a proteção à saúde do trabalhador e à proteção ao meio ambiente, “A História das Coisas” e o seu olhar amplo sobre a realidade demonstram sobre o quanto é importante pensarmos em meios cada vez mais efetivos de interação entre as diferentes Vigilâncias.

6.    Como a lógica que estimula o acúmulo financeiro das corporações pode impor obstáculos à VISA? Ora, se a VISA é uma área que busca regular o Mercado, impondo-lhe limitações em nome do interesse público, é natural que o Mercado, enquanto instância de poder com alto grau de influência, coloque-se como antagonista. 




terça-feira, 13 de junho de 2017

“OS REMÉDIOS FLORAIS DO DR BACH” [TRECHO]


Por Edward Bach
A razão principal do fracasso da medicina moderna está no fato de ela se ocupar dos efeitos e não das causas. Por muitos séculos, a real natureza da doença foi encoberta pela capa do materialismo e, assim, tem sido dadas à própria doença todas as oportunidades de ela propagar sua destruição, uma vez que não foi combatida em suas origens. Essa situação é semelhante à do inimigo que construiu uma sólida fortaleza nas colinas, comandando de lá constantes operações de guerrilha no país vizinho, enquanto as pessoas, ignorando a praça forte, contentam-se em reparar as casas danificadas e em enterrar seus mortos, consequências das ofensivas dos saqueadores. Essa é, em termos gerais, a situação da medicina nos dias de hoje: consertar às pressas os danos resultantes do ataque e enterrar os mortos, sem que se dê a mínima atenção para o verdadeiro reduto inimigo.
A doença nunca será curada nem erradicada pelos métodos materialistas dos tempos atuais, pelo simples fato de que, em suas origens , ela não é material. O que conhecemos como doença é o derradeiro efeito produzido no corpo, o produto final de forças profundas desde há muito em atividade, e, mesmo quando o tratamento material sozinho parece bem sucedido, ele não passa de um paliativo, a menos que a causa real tenha sido suprimida.
A tendência atual da ciência médica, por interpretar erroneamente a verdadeira doença e por fixar toda a atenção, com sua visão materialista, no corpo físico, tem aumentado sobremodo o poder da doença; em primeiro lugar, por desviar a atenção das pessoas da verdadeira origem da enfermidade e, portanto, da estratégia eficaz para combatê-la; em segundo , por localizá-la, no corpo, obscurecendo, assim, a verdadeira esperança de recuperação e criando um enorme complexo de doença e medo, complexo que nunca deveria ter existido.
Em essência, a doença é o resultado do conflito entre a Alma e a Mente, e ela jamais será erradicada exceto por meio de esforços mentais e espirituais.
Nenhum esforço que se destine apenas ao corpo pode fazer mais do que reparar superficialmente um dano, e nisso não há nenhuma cura, visto que a causa ainda continua em atividade e pode, a qualquer momento, manifestar novamente sua presença, assumindo outro aspecto. De fato, em muitos casos a recuperação aparente acaba sendo prejudicial, já que oculta do paciente a verdadeira causa do seu problema, e, na satisfação que se experimenta com essa aparente recuperação da saúde, o fato real, continuando ignorado, pode fortalecer-se.
Uma das exceções para os métodos materialistas na ciência moderna é a do grande Hahnemann, o fundador da homeopatia, que com sua compreensão do amor beneficente do Criador e da Divindade que mora dentro do homem, e por estudar a atitude mental de seus pacientes diante da vida, do meio ambiente e suas doenças, foi buscar nas ervas do campo e nos domínios da natureza o remédio que não apenas haveria de curar seus corpos mas, ao mesmo tempo, elevaria a sua perspectiva mental.
Quinhentos anos antes de Cristo, alguns médicos da antiga Índia, trabalhando sob a influência do Senhor Buda, levaram a arte de curar a um estágio tão perfeito que conseguiram abolir a cirurgia, ainda que, na sua época, ela fosse tão eficiente, ou até mais, que a dos dias atuais. Homens como Hipócrates, com seus ideais grandiosos sobre a cura; Paracelso, com a convicção de uma divindade dentro do homem, e, Hahnemann, que compreendeu que a doença tinha sua origem num plano acima do físico – todos eles sabiam muito sobre a verdadeira natureza do sofrimento e sobre o remédio para ele.
A doença, posto que pareça tão cruel, é benéfica e existe para nosso próprio bem; se interpretada de maneira correta, guiar-nos-á em direção aos nossos defeitos principais. Se tratada com propriedade, será a causa da supressão desses defeitos e fará de nós pessoas melhores e mais evoluídas do que éramos antes. O sofrimento é um corretivo para se salientar uma lição que de outro modo não haveríamos de aprender, e ele jamais poderá ser dispensado até que a lição seja totalmente assimilada.
Vemos que não há nada de acidental no que diz respeito à doença, nem quanto ao seu tipo nem quanto à parte do corpo que foi afetada; como todos os outros resultados da energia, ela obedece à lei de causa e efeito. Certos males podem ser causados por meios físicos diretos, tais como os associados à ingestão de substâncias tóxicas, acidentes, ferimentos e excessos cometidos, mas, em geral, a doença se deve a algum erro básico em nosso temperamento.
As doenças reais e básicas do homem são certos defeitos como o orgulho, a crueldade, o ódio, o egoísmo, a ignorância, a instabilidade, a ambição; e se cada um deles for considerado individualmente, notar-se-á que todos são contrários à Unidade. Tais defeitos é que constituem a verdadeira doença, e a continuidade desses defeitos, persistirmos neles, depois de termos alcançado um estágio de desenvolvimento em que já os sabemos nocivos, é o que ocasiona no corpo os efeitos prejudiciais que conhecemos como enfermidades.
Para se alcançar uma cura completa, não somente devem ser empregados recursos físicos, escolhendo sempre os métodos melhores e mais familiares à arte da cura, mas também devemos lançar mão de toda a nossa habilidade para eliminar qualquer falha em nossa natureza; porque a cura total vem essencialmente de dentro de nós, da própria Alma que, por meio da bondade do Criador, irradia harmonia do começo ao fim da personalidade, quando se permite que assim seja.
(…) Não há objetivo em nos ocuparmos dos fracassos da medicina moderna; demolir é inútil quando não se constrói um edifício melhor e, como na medicina já se estabeleceram as bases de uma edificação mais nova, empenhemo-nos em acrescentar um ou dois tijolos a esse templo. Tampouco pode ser de valor uma crítica negativa da profissão; é o sistema que está fundamentalmente equivocado, não os homens; pois é um sistema pelo qual o médico, por razões unicamente econômicas, não tem tempo para ministrar um tratamento tranquilo e sossegado nem oportunidade para pensar e meditar adequadamente, o que deveria ser a herança dos que devotam sua vida a assistir doentes. Como disse Paracelso, o médico sábio atende a cinco, e não a quinze pacientes num dia – ideal impraticável em nossa época para um médico comum.
A aurora de uma arte de curar mais nova e melhor paira sobre nós. Há cem anos, a homeopatia de Hahnemann foi o primeiro raio da luz matinal, depois de um longo período de trevas, e pode desempenhar um grande papel na medicina do futuro. Ademais, a atenção que se está dispensando no presente momento à melhoria da qualidade de vida e ao estabelecimento de uma dieta mais pura é um progresso rumo à prevenção da doença; a esses movimentos que pretendem levar ao conhecimento das pessoas tanto a relação que existe entre os fracassos espirituais e a enfermidade, bem como a cura que se pode obter através do aprimoramento da mente, estão apontando o caminho por onde devemos seguir rumo à luz de um novo dia, em cujo brilho a escuridão da enfermidade desaparecerá

domingo, 11 de junho de 2017

Indicadores de Saúde - Conceito, OPAS e desafios para a Vigilância Sanitária

*baseado nas instruções de Daniel Coradi

Segundo a Organização Panamericana de Saúde, os Indicadores de Saúde podem ser conceituados como: "medidas-síntese que contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde. Vistos em conjunto, devem refletir a situação sanitária de uma população e servir para a vigilância das condições de saúde".

Normalmente tais indicadores abrangem complexidades que na maioria das vezes passam despercebidas pela população em geral, e até mesmo pelos profissionais de saúde. Ao relacionar aspectos sociais, econômicos, biológicos, ambientais e políticos distintos, os Indicadores contribuem para o Monitoramento das condições de saúde da população.

Quando os dados são organizados em diferentes configurações, acabam fornecendo informações que não seriam observadas de forma direta, de modo que os fenômenos são avaliados de forma mais ampla e profunda.

Normalmente os Indicadores de Saúde medem justamente os fenômenos opostos da saúde: a morbidade e a mortalidade.

Os indicadores utilizados pela VISA têm recebido muitas críticas, por se referirem basicamente ao número de procedimentos realizados, e não às condições de saúde que foram monitoradas e modeladas pelos órgãos de fiscalização sanitária. Exemplos mais comuns de indicadores são: Número de Registro de Produtos; Número de Inspeções Anuais, Número de Investigações de Eventos Adversos, etc.

Um dos grandes desafios da VISA é justamente a criação de Indicadores de Saúde que contribuam para uma avaliação das repercussões da fiscalização sanitária sobre a saúde da população. Algo que naturalmente dificulta a criação é o fato de a VISA atuar preventivamente sobre produtos e serviços de interesse à saúde, mas nem por isso a tarefa se torna impossível.

Como sugestão de aprofundamentos no assunto, temos os seguintes links:
http://www.ripsa.org.br/
http://datasus.saude.gov.br/

Finalmente, outro grande desafio, desta vez que diz respeito a outras áreas da saúde, refere-se à criação de Indicadores de Saúde dotados de maior simplicidade para coleta e interpretação, que possuam baixo custo e que possam ser lidos não apenas por especialistas na área, mas também por gestores, profissionais de saúde e população em geral.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Ilha das Flores - reflexões políticas sobre o curta

Tive a oportunidade de assistir ao documentário Ilha das Flores em diferentes fases da minha vida: em épocas primordiais da escola, sob o crivo de professores... na adolescência juntamente ao lado de amigos desbravadores de mundos... na universidade enquanto estudava aspectos teóricos das ciências humanas... Em cada uma delas consegui captar diferentes aspectos sobre a vida social, sobre a existência humana, sobre sobrevivência...

Confesso, porém, que assistir Ilha das Flores no âmbito de uma especialização de Gestão em Vigilância Sanitária me proporcionou uma visão mais madura sobre o próprio papel do Estado... e os prejuízos humanos que ocorrem quando o Estado se desvirtua.
Ilha das Flores é um documentário que nos faz relativizar os conceitos de "liberdade" e de "ter um dono", sobretudo se o relacionarmos a teorias políticas como as presentes em O Leviatã, de Thomas Hobbes.

Ora... em um mundo em que o homem abre mão de parcela de sua liberdade, em nome de se valer da segurança do Estado, a partir do momento em que esse Estado deixa de garantir os meios de sobrevivência para as pessoas, não existe mais motivos para as pessoas se submeterem às regras impostas.

Em tempos que assistimos a uma grave quebra do contrato social, devemos encontrar os meios e os fundamentos para reabilitá-lo, sob pena de vermos sucumbir o pouco que sobrou da sociabilidade humana.

Para todos aqueles que, como eu, atuam na Administração Pública, revitalizar os princípios formadores do Estado é contribuir para que exerçamos nosso importante papel de uma forma naturalmente efetiva para com o interesse público.

terça-feira, 16 de maio de 2017

Oficina Suvisa

Grande evento organizado pela Superintendência de Vigilância e Proteção à Saúde... que oportuniza um rico debate a ser tocado por profissionais de todo o estado.

terça-feira, 2 de maio de 2017

Carta do Cacique Seattle, da América do Norte

Em 1855, depois de o governo estadunidense haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado pela tribo Suquamish, o Cacique Seattle resolveu se manifestar... dando uma verdadeira lição de Ética, Qualidade de Vida e Autoconhecimento... lições que ajudaram o nosso grupo a encontrar fundamentações que legitimam muitos dos nossos projetos.

Texto na íntegra:

    "O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem.
Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.
    Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.
Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d'água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.
Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.
    Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência.


  Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."

Texto original:

THE GREAT CHIEF in Washington sends word that he wishes to buy our land. The Great Chief also sends us words of friendship and good will. This is kind of him, since we know he has little need of our friendship in return. But we will consider your offer, for we know if we do not so the white man may come with guns and take our land. What Chief Seattle says you can count on as truly as our white brothers can count on the return of the seasons. My words are like the stars – they do not set.
How can you buy or sell the sky – the warmth of the land? The idea is strange to us. Yet we do not own the freshness of the air or the sparkle of the water. How can you buy them from us? We will decide in our time. Every part of this earth is sacred to my people. Every shining pine needle, every sandy shore, every mist in the dark woods, every clearing, and every humming insect is holy in the memory and experience of my people.
We know that the white man does not understand our ways. One portion of land is the same to him as the next, for he is a stranger who comes in the night and takes from the land whatever he needs. The earth is not his brother, but his enemy, and when he has conquered it, he moves on. He leaves his father’s graves and his children’s birthright is forgotten. The sight of your cities pains the eyes of the redman. But perhaps it is because the redman is a savage and does not understand.
There is no quiet place in the white man’s cities. No place to listen to the leaves of spring or the rustle of insect wings. But perhaps because I am a savage and do not understand – the clatter only seems to insult the ears. And what is there to life if a man cannot hear the lovely cry of the whippoorwill or the arguments of the frogs around a pond at night? The Indian prefers the soft sound of the wind itself cleansed by a mid-day rain, or scented by a pinõn pine: The air is precious to the redman. For all things share the same breath – the beasts, the trees, and the man. The white man does not seem to notice the air he breathes. Like a man dying for many days, he is numb to the stench.
If I decide to accept, I will make one condition. The white man must treat the beasts of this land as his brothers. I am a savage and I do not understand any other way. I have seen thousands of rotting buffaloes on the prairie left by the white man who shot them from a passing train. I am a savage and do not understand how the smoking iron horse can be more important than the buffalo that we kill only to stay alive. What is man without the beasts? If all the beasts were gone, men would die from great loneliness of spirit, for whatever happens to the beast also happens to the man.
All things are connected. Whatever befalls the earth befalls the sons of the earth.
Our children have seen their fathers humbled in defeat. Our warriors have felt shame. And after defeat they turn their days in idleness and contaminate their bodies with sweet food and strong drink. It matters little where we pass the rest of our days – they are not many. A few more hours, a few more winters, and none of the children of the great tribes that once lived on this earth, or that roamed in small bands in the woods will remain to mourn the graves of the people once as powerful and hopeful as yours.
One thing we know that the white man may one day discover. Our God is the same God. You may think that you own him as you wish to own our land, but you cannot. He is the Body of man, and his compassion is equal for the redman and the white. This earth is precious to him, and to harm the earth is to heap contempt on its Creator. The whites, too, shall pass – perhaps sooner than other tribes. Continue to contaminate your bed, and you will one night suffocate in your own waste. When the buffalo are all slaughtered, the wild horses all tamed, the secret corners of the forest heavy with the scent of many men, and the view of the ripe hills blotted by the talking wires, where is the thicket? Gone. Where is the eagle? Gone. And what is it to say goodbye to the swift and the hunt? The end of living and the beginning of survival.
We might understand if we knew what it was the white man dreams, what hopes he describes to his children on long winter nights, what visions he burns into their minds, so they will wish for tomorrow. But we are savages. The white man’s dreams are hidden from us. And because they are hidden, we will go our own way. If we agree, it will be to secure your reservation you have promised.
There perhaps we may live out our brief days as we wish. When the last redman has vanished from the earth, and the memory is only the shadow of a cloud passing over the prairie, these shores and forests will still hold the spirits of my people, for they love this earth as the newborn loves its mother’s heartbeat. If we sell you our land, love it as we have loved it. Care for it as we have cared for it. Hold in your memory the way the land is as you take it. And with all your strength, with all your might, and with all your heart – preserve it for your children, and love it as God loves us all. One thing we know – our God is the same. This earth is precious to him. Even the white man cannot escape the common destiny.