terça-feira, 23 de maio de 2017

Ilha das Flores - reflexões políticas sobre o curta

Tive a oportunidade de assistir ao documentário Ilha das Flores em diferentes fases da minha vida: em épocas primordiais da escola, sob o crivo de professores... na adolescência juntamente ao lado de amigos desbravadores de mundos... na universidade enquanto estudava aspectos teóricos das ciências humanas... Em cada uma delas consegui captar diferentes aspectos sobre a vida social, sobre a existência humana, sobre sobrevivência...

Confesso, porém, que assistir Ilha das Flores no âmbito de uma especialização de Gestão em Vigilância Sanitária me proporcionou uma visão mais madura sobre o próprio papel do Estado... e os prejuízos humanos que ocorrem quando o Estado se desvirtua.
Ilha das Flores é um documentário que nos faz relativizar os conceitos de "liberdade" e de "ter um dono", sobretudo se o relacionarmos a teorias políticas como as presentes em O Leviatã, de Thomas Hobbes.

Ora... em um mundo em que o homem abre mão de parcela de sua liberdade, em nome de se valer da segurança do Estado, a partir do momento em que esse Estado deixa de garantir os meios de sobrevivência para as pessoas, não existe mais motivos para as pessoas se submeterem às regras impostas.

Em tempos que assistimos a uma grave quebra do contrato social, devemos encontrar os meios e os fundamentos para reabilitá-lo, sob pena de vermos sucumbir o pouco que sobrou da sociabilidade humana.

Para todos aqueles que, como eu, atuam na Administração Pública, revitalizar os princípios formadores do Estado é contribuir para que exerçamos nosso importante papel de uma forma naturalmente efetiva para com o interesse público.

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